Na segunda-feira (20), a síntese do relatório oficial do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, da sigla em inglês) foi divulgado. O material conta, por exemplo, com seis pontos que relacionam a situação climática com o agronegócio — no Brasil e no mundo.
É notável o aumento na quantidade de eventos extremos, dentre eles estão as ondas de calor, precipitação intensa, secas e ciclones extratropicais.
Esses eventos extremos reduzem a segurança hídrica e alimentar, mesmo com o aumento da produtividade agrícola.
Impactos direto nas lavouras: disponibilidade de água, afetando principalmente as pastagens e culturas de grãos. Aumento do risco de incêndios florestais, chuvas mal distribuídas (grandes períodos secos contra volumes elevados de água num curto período de tempo).
Outros sinais preocupantes são o aumento do degelo (Ártico e Antártica, principalmente), o aumento da acidificação, a redução da oxigenação e o aumento do nível dos oceanos.
Segundo o IPCC, mesmo que zerar as emissões de gases de efeito estufa (GEE) amanhã, o aquecimento de 1.5ºC já é irreversível até o fim do século.
Para o Brasil, os principais efeitos de acordo com o IPCC vão ser dias mais quentes no Sudeste e no Centro-Oeste, com solo mais ressecado em ambas as regiões e também no Norte. Isso impactaria em uma redução de 10% a 15% na produtividade agropecuária nessas áreas.
Diante desse cenário, o IPCC listou algumas medidas que podem ser adotadas pelo setor do agronegócio para inibir esse aquecimento e evitar chegar a 2ºC. Ao todo, são oito itens nesse sentido.