As fortes chuvas no Rio Grande do Sul provocaram alagamentos que atingem mais de 140 municípios, com 25 em situação de emergência e Jaguari em estado de calamidade pública. Mais de 7 mil pessoas estão desabrigadas, e produtores rurais relatam prejuízos graves nas lavouras e criações.
Fabiano André Kappaun, agricultor de Candelária, viu sua propriedade rural ficar ilhada e estima que serão necessários ao menos R$ 100 mil para recuperar o solo, valor que não possui. Seu irmão perdeu 10 cabeças de gado afogadas, cujos corpos foram levados pelas águas.
Em Rio Pardo, Jardel Luis Eisenhardt conseguiu salvar o rebanho, mas 80% das pastagens ficaram submersas, gerando despesas extras de R$ 150 mil para alimentação dos animais e recuperação do terreno. Daniela Fernanda Hermes, da mesma região, perdeu peixes de criação após o rompimento do açude da família e enfrentará custos altos para reconstruir a estrutura.
O apicultor João Maciel Lunardi Cogo, de Unistalda, perdeu 187 colmeias e a estrutura para extração do mel, contabilizando um prejuízo estimado em R$ 60 mil. Ele acredita que a recuperação pode levar até três anos.
Os agricultores destacam o impacto do clima desregulado, que dificulta o planejamento e aumenta as perdas. Muitos relatam ainda que os estragos do ano passado permanecem sem reparos, agravando a situação.
O governo estadual acompanha a situação e divulga boletins atualizados sobre os municípios afetados, enquanto famílias e produtores buscam soluções para minimizar os danos causados pelas inundações.