Setores do agronegócio e da indústria brasileira criticaram duramente a decisão de Donald Trump de apoiar o ex-presidente Jair Bolsonaro por meio de sobretaxas contra exportações do Brasil. A medida, que prevê tarifas de até 50%, foi considerada injusta e prejudicial à economia nacional, com potenciais impactos diretos sobre o emprego.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) declarou que não há justificativa econômica para o aumento das tarifas e rebateu o argumento do governo americano de que o Brasil tem superávit comercial com os EUA. Segundo a entidade, os Estados Unidos registram superávit nas trocas com o Brasil há mais de 15 anos.
A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC) avaliou que a medida interfere negativamente no comércio internacional e no setor produtivo, e alertou que questões políticas não devem servir de barreira ao abastecimento global.
A Frente Parlamentar da Agropecuária também se posicionou, alertando que o aumento nas tarifas pode afetar o câmbio, encarecer insumos importados e comprometer a competitividade das exportações brasileiras. Os parlamentares defenderam a diplomacia como caminho mais estratégico.
A Associação Nacional dos Exportadores de Sucos destacou que a tarifa é prejudicial ao setor e afeta diretamente os consumidores americanos, que dependem do Brasil como principal fornecedor de suco há décadas.
Já a Associação da Indústria do Plástico afirmou que a taxação penaliza empresas que atuam com produtos de alta complexidade e são responsáveis por empregos qualificados no Brasil.
Para todas essas entidades, a decisão de Trump ameaça não apenas o comércio bilateral, mas também a sustentabilidade de setores inteiros da economia brasileira.