A professora Josiany Simas, ex-candidata a deputada federal, e a empresa Primavera Tur Transporte, ambos de Mato Grosso, integram a lista de pessoas físicas e jurídicas alvos de um pedido de bloqueio de bens feito pela Advocacia-Geral da União (AGU) à Justiça Federal.

A AGU pede o bloqueio de R$ 6,5 milhões em bens de 52 pessoas e sete empresas pelo suposto envolvimento nos atos de vandalismo nos prédios dos Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro.

Josiany Simas, 47 anos, foi candidata a deputada federal pelo Podemos na eleição passada e saiu derrotada com 622 votos. Em 2018, também foi candidata ao mesmo cargo pelo PPL, tendo 632 votos e também não conseguindo ser eleita. À época, declarou ter um apartamento no Bairro Terra Nova, em Cuiabá, no valor de R$ 120 mil.

A empresa de transporte Primavera Tur, com sede em Primavera do Leste (a 240km de Cuiabá), chegou a ter um ônibus apreendido por ordem do ministro Alexandre de Moraes, por levar os bolsonaristas de Mato Grosso a Brasília.

Segundo a AGU, a quantia deverá ser utilizada para reparar danos causados pela depredação de patrimônio público em caso de posterior condenação. Hoje, a estimativa dos danos no Senado Federal é de R$ 3,5 milhões e da Câmara Federal o prejuízo calculado é de R$ 3,03 milhões. Ainda não há o cálculo sobre os prejuízos no Palácio Alvorada.

No pedido de cautelar apresentado à Justiça, a AGU sustentou que os envolvidos devem responder pelos danos solidariamente com os depredadores efetivos, nos termos do Código Civil, uma vez que a “a aglomeração de pessoas com fins não pacíficos só foi possível graças ao financiamento e atuação das pessoas listadas no polo passivo, o que culminou nos atos de vandalismo às dependências dos três Poderes da República”.