Aliados do ministro da Previdência, Carlos Lupi, inclusive dentro do próprio PDT, avaliam que ele deve deixar o cargo no governo Lula para reassumir o comando da legenda e evitar maior desgaste político. No Palácio do Planalto, sua saída já é tratada como questão de tempo, e um encontro definitivo com o presidente Lula está previsto para os próximos dias.
A principal sugestão feita a Lupi por integrantes do partido foi de que ele retorne à presidência da sigla para ajudar a manter o PDT na base aliada do governo, mesmo fora do ministério. O temor de Lupi, no entanto, é de que sua demissão seja vista pela opinião pública como um sinal de culpa no escândalo das fraudes no INSS, que culminou na queda do presidente do órgão e investigações da Polícia Federal.
Dentro do PDT, há divergências: enquanto uma parte quer seguir alinhada ao Planalto, outra ala, liderada por Ciro Gomes, vê a crise como uma oportunidade para romper com o governo. Ciro, que disputou a presidência em 2022, foi crítico contumaz de Lula e se recusou a apoiá-lo no segundo turno contra Jair Bolsonaro.