Ambulantes e comerciantes da orla de Copacabana protestaram contra o novo decreto da Prefeitura do Rio que, entre outras mudanças, proíbe música ao vivo nas praias. Muitos afirmam que já tentaram se cadastrar para continuar trabalhando legalmente, mas não foram atendidos. O temor é de que as novas regras resultem em perda de renda e empregos.

A Orla Rio — concessionária que administra os quiosques — e o sindicato de bares e restaurantes se posicionaram contra a proibição. Eles alegam que a música ao vivo é essencial para atrair turistas e aumentar a receita dos estabelecimentos. Segundo estimativas da concessionária, a medida pode causar perdas de dezenas de milhões de reais por ano e afetar cerca de 1.200 postos de trabalho, diretos e indiretos.

Durante uma audiência pública realizada na Câmara Municipal, vereadores e representantes das categorias afetadas criticaram os pontos mais rígidos do decreto, embora tenham reconhecido a necessidade de ordenamento das praias. O debate, inicialmente convocado para discutir um projeto de lei alternativo, acabou sendo dominado pelas críticas ao decreto do prefeito Eduardo Paes.

A fiscalização das novas regras começa em 1º de junho, mas até lá agentes da Secretaria de Ordem Pública seguem realizando ações educativas com os comerciantes da orla. Há expectativa de que o prefeito possa rever parte das medidas, diante da pressão popular e dos diálogos iniciados na audiência pública.

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