A ausência de Neymar segue no centro das atenções na Seleção Brasileira. Em coletiva nesta quarta-feira (3), na Granja Comary, o técnico Carlo Ancelotti voltou a explicar por que não convocou o camisa 10 do Santos para os jogos contra Chile e Bolívia, últimos compromissos das Eliminatórias.
O treinador italiano afirmou que a decisão não se baseou apenas no histórico recente de lesões, mas em um conjunto de fatores. “É uma decisão técnica que considera muitas coisas: o que o jogador fez, o que está fazendo e também os problemas que teve. A questão física é um critério importante para toda a comissão. Ninguém discute Neymar em nível técnico, mas avaliamos diariamente a condição física de todos”, disse.
Neymar, por sua vez, rebateu a versão médica ao afirmar que já estava em boas condições quando a lista foi anunciada em 25 de agosto. Ele vinha se recuperando de um edema na coxa, mas jogou oito das últimas nove partidas do Santos. “Foi só um incômodo, nada grave. Acho que fiquei fora por opção técnica mesmo, não por condição física. Respeito a decisão, agora é torcer pela Seleção”, declarou.
O craque não veste a camisa amarela desde outubro de 2023, quando rompeu o ligamento do joelho contra o Uruguai. Convocado por Dorival Júnior no início de 2024, também não entrou em campo devido a nova lesão muscular. Até a Copa do Mundo, restam apenas três convocações, e Neymar completará dois anos de ausência caso não seja chamado para os amistosos contra Coreia do Sul e Japão, em outubro.
Mesmo sem o maior artilheiro da história da Seleção, com 79 gols, o Brasil já está classificado para a Copa de 2026. A equipe enfrenta o Chile nesta quinta-feira, no Maracanã, e encerra sua participação nas Eliminatórias contra a Bolívia, em El Alto, na próxima terça-feira. Atualmente, a Seleção ocupa a terceira colocação, atrás apenas de Argentina e Equador.