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Thursday, 13 de November de 2025 - 17:59:21
Anvisa suspende glitters e pós decorativos usados em bolos por risco à saúde
VIGILÂNCIA SANITÁRIA

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a suspensão imediata da fabricação, distribuição, propaganda e venda de diversas marcas de glitters e pós decorativos utilizados em confeitaria. A medida atinge produtos das empresas Iceberg Chef, Jeni Joni, Jady Confeitos e Fab, após constatação de materiais inadequados para consumo humano, incluindo partículas plásticas e metais.

Entre os itens proibidos estão Glitter Glow e Glitter Shine, da Iceberg Chef. Segundo a Anvisa, além da presença de plásticos coloridos, a própria empresa indicava o uso dos produtos como ingredientes em alimentos, tanto em seu site quanto em plataformas de comércio eletrônico. A agência destacou que essa prática coloca consumidores em risco, já que tais substâncias não são seguras para ingestão.

A lista de suspensões também inclui os Flocos de Ouro, Prata e Rose Gold, além de Pó de Ouro, Pó para Decoração e Brilho para Decoração Glitter, todos da marca Jeni Joni (Nadja F. de Almeida Confeitos). A Anvisa identificou, além de materiais plásticos, a presença de “metal de transição laminado atômico 99” nos flocos metálicos, considerado inadequado para uso alimentar. Por isso, ordenou o recolhimento e a interrupção da comercialização de todos esses itens.

Outro produto proibido foi o Glitter para Decoração da marca Jady Confeitos, após inspeções confirmarem partículas plásticas e recomendações de uso direto em alimentos. A agência reiterou que substâncias desse tipo não devem ser ingeridas, ainda que utilizadas para efeitos estéticos em bolos e doces.

Também entrou na lista o Glitter Para Decoração da linha Glitz, fabricado pela empresa Fab. A Anvisa apontou materiais plásticos na composição e determinou a suspensão integral das atividades relacionadas ao produto, além do seu recolhimento.

As restrições vêm em meio ao aumento do uso de glitters decorativos na confeitaria, prática que, segundo especialistas, cresceu sem que muitos consumidores percebessem que a maior parte desses produtos não é comestível. A Anvisa reforçou que apenas itens classificados como “comestíveis” e devidamente regularizados podem ser usados em preparações alimentares.

Texto/Fonte: G1