Pesquisadores da Universidade de Uppsala, na Suécia, identificaram que três noites consecutivas de sono ruim (cerca de 4 horas por noite) já são suficientes para causar alterações inflamatórias no sangue associadas a doenças cardíacas.
O estudo, feito com 16 homens jovens e saudáveis, mediu quase 90 proteínas em amostras de sangue após fases de sono normal e de privação. Os voluntários também realizaram treinos curtos de ciclismo, e os resultados mostraram que a falta de sono enfraquece os efeitos benéficos do exercício físico sobre o coração e o cérebro.
Entre os principais achados:
Aumento de marcadores inflamatórios ligados a risco de insuficiência cardíaca e arritmias;
Redução de respostas saudáveis, como a produção de BDNF e interleucina-6 após exercícios;
Variações na concentração de proteínas conforme o horário do dia, intensificadas pela restrição de sono.
Os autores alertam que mesmo adultos jovens e saudáveis não estão imunes aos efeitos da privação de sono, que pode ocorrer em situações corriqueiras como plantões, viagens, maratonas de estudo ou uso excessivo de telas.
“O corpo tem exigências químicas silenciosas e intransigentes. Trocar sono por produtividade pode sair caro”, resume o estudo.