O assassinato de Charlie Kirk, ativista conservador e aliado de Donald Trump, reacendeu o alerta sobre a escalada da violência política nos Estados Unidos. Ele foi morto a tiros na quarta-feira (10), enquanto discursava para estudantes na Universidade Utah Valley. Com o lema “prove que eu estou errado”, Kirk atraía multidões, especialmente jovens, público que contribuiu para a vitória de Trump na última eleição presidencial.

O episódio se soma a mais de 100 ocorrências de violência política registradas no último ano no país, que deixaram quase 50 mortos. Entre elas, estão atentados contra dois parlamentares democratas e o incêndio da residência do governador da Pensilvânia. A onda ocorre após a tentativa de assassinato de Trump durante a campanha eleitoral de 2024.

No podcast O Assunto, a jornalista Natuza Nery conversa com o correspondente Nilson Klava, que esteve no local do crime, e com Carlos Gustavo Poggio, professor de Ciência Política no Berea College. Klava relata o impacto entre os estudantes e atualiza a investigação. Poggio analisa como o caso reforça o discurso de ódio e faz paralelos com os anos 1960 e 1970, quando assassinatos políticos também marcaram a história americana.

Para especialistas, a democracia dos EUA corre riscos diante da crescente “desumanização” de adversários, que alimenta ciclos de radicalização e violência.