Cinco pessoas morreram e mais de uma dezena ficaram feridas após dois atiradores abrirem fogo dentro de um ônibus em Jerusalém nesta segunda-feira (8), segundo autoridades israelenses. A polícia informou que os suspeitos foram “neutralizados” durante a ação.

O governo de Benjamin Netanyahu classificou o episódio como um ataque terrorista. “Dois terroristas abriram fogo contra passageiros, transeuntes, qualquer pessoa ao alcance. Esta é a guerra que Israel trava contra o terror”, afirmou o gabinete do primeiro-ministro em comunicado.

O número de feridos ainda diverge entre órgãos oficiais: a polícia fala em 11, o serviço de resgate em 12 e o governo em “mais de 12”. O serviço de ambulâncias israelense identificou as vítimas fatais como três homens na faixa dos 30 anos, além de um homem e uma mulher de aproximadamente 50 anos.

Vídeos feitos no momento do ataque mostram correria e tiros disparados enquanto dezenas de pessoas tentavam deixar a região, um ponto de ônibus movimentado durante o horário de pico. O primeiro-ministro Netanyahu visitou o local após a ação das forças de segurança, mas não fez pronunciamento público.

O Exército israelense informou ter reforçado a presença de soldados em Jerusalém e disse que busca identificar possíveis envolvidos no atentado. Até agora, nenhum grupo assumiu oficialmente a autoria. O Hamas, porém, elogiou a iniciativa de dois “combatentes da resistência palestina”, sem reivindicar a responsabilidade.

O episódio é o ataque em massa mais letal em Israel desde outubro de 2024, quando dois palestinos armados mataram sete pessoas em Tel Aviv. De acordo com dados da ONU, desde o início da guerra em Gaza, em outubro de 2023, ao menos 49 israelenses morreram em ataques palestinos, enquanto 968 palestinos foram mortos por forças ou civis israelenses na Cisjordânia e em Israel.