Um ataque realizado por Israel atingiu o Hospital Nasser, em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, nesta segunda-feira (25), e resultou na morte de 15 pessoas, incluindo quatro jornalistas, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo grupo Hamas. Entre os mortos está Hussam al-Masri, contratado da agência Reuters. Outro fotógrafo da agência, Hatem Khaled, ficou ferido no ataque.
O hospital foi atingido por dois mísseis, de acordo com a Associated Press. Testemunhas relataram à Reuters que houve um intervalo entre os ataques: o segundo míssil atingiu o local depois que equipes de resgate, jornalistas e outras pessoas correram para socorrer as vítimas do primeiro bombardeio. Imagens da transmissão ao vivo de al-Masri mostram que a cobertura foi abruptamente interrompida no momento do ataque inicial.
Israel não comentou oficialmente o ataque, e nem o Exército nem o gabinete do premiê Benjamin Netanyahu responderam às solicitações da Reuters. Em comunicado, a agência lamentou a morte de Hussam al-Masri e destacou estar buscando assistência médica imediata para Hatem Khaled.
A presença de jornalistas internacionais em Gaza é restrita, contrariando diretrizes da ONU sobre cobertura em zonas de guerra. Para contornar a limitação, veículos internacionais contratam profissionais palestinos para reportar do enclave. A TV catari Al Jazeera informou que um de seus jornalistas também morreu no ataque; a emissora nega acusações de Israel de que seus jornalistas estariam vinculados ao Hamas.
Desde o início do conflito, em 7 de outubro de 2023, o Sindicato dos Jornalistas Palestinos registra mais de 240 mortes de profissionais de imprensa em Gaza por tiros israelenses. O ataque ao Hospital Nasser reforça o alerta internacional sobre os riscos enfrentados por jornalistas e civis na região.