O mercado físico de boi gordo enfrentou um cenário extremamente desafiador no final de julho.
De acordo com o analista de Safras & Mercado, Fernando Iglesias, o principal fator responsável pela queda nos preços foi a situação da carne bovina no atacado, com os frigoríficos reportando estoques elevados.
O lento escoamento da carne provocou uma forte queda nos preços, o que levou os frigoríficos a pressionarem ainda mais os valores do boi gordo.
Segundo Iglesias, a maior competitividade da carne de frango teve um papel crucial nesse cenário.
Além disso, a redução dos preços da carne bovina no mercado internacional impactou as receitas de exportação, influenciando as decisões da indústria nacional.
Iglesias ressalta que o mercado atacadista registrou preços em forte retração ao longo de julho.
O quarto do traseiro foi precificado a R$ 17,00 por quilo, uma queda de 6,34% em relação aos R$ 18,15 do final de junho.
Já o quarto do dianteiro foi precificado a R$ 12,65 por quilo, uma baixa de 9,64% frente aos R$ 14,00 registrados no final do mês passado.
As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil alcançaram o valor de US$ 559,187 milhões em julho (considerando 15 dias úteis), com uma média diária de US$ 37,279 milhões.
A quantidade total exportada pelo país atingiu 117,589 mil toneladas, com uma média diária de 7,839 mil toneladas.
O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.755,40.
Comparado a julho de 2022, houve uma redução de 28,5% no valor médio diário das exportações, uma perda de 1,5% na quantidade média diária exportada e uma desvalorização de 27,4% no preço médio.