No mercado físico de boi gordo do Brasil, os preços da arroba mostraram sinais de estabilização, interrompendo a trajetória de queda que havia sido observada na semana anterior.

As principais praças de comercialização do país experimentaram uma acomodação nos preços, com destaque para Mato Grosso, onde os frigoríficos conseguiram efetuar compras a valores mais baixos.

No entanto, o ritmo geral das transações ainda apresentou certa lentidão, de acordo com a análise de Fernando Iglesias, especialista da Safras & Mercado.

Iglesias ressaltou a importância da demanda na primeira metade de agosto, período marcado pelo recebimento de salários e pela celebração do Dia dos Pais.

Essa demanda esperada deve ajudar a reduzir os estoques de carne disponíveis no mercado. Já no segmento atacadista, houve um movimento de recuperação nos preços ao longo da semana, o que indica um aumento na procura.

Variações nos preços

• Em São Paulo, a arroba do boi a prazo permaneceu estável em R$ 230 em comparação com a semana anterior.
• Em Dourados (MS), o preço da arroba se manteve em R$ 235 na modalidade a prazo.
• Em Cuiabá (MT), houve uma queda de 1,82%, passando de R$ 220 para R$ 216 por arroba.
• Em Uberaba (MG), o preço a prazo foi cotado a R$ 230 por arroba, mantendo-se estável em relação à semana anterior.
• Em Goiânia (GO), a indicação também não apresentou variação, permanecendo em R$ 220.

Mercado atacadista

Iglesias observou um aumento nos preços do mercado atacadista ao longo da semana, indicando uma demanda mais robusta.

No entanto, esse setor ainda enfrenta concorrência intensa da carne de frango, que se mantém mais competitiva em relação a outras proteínas.

Os preços do quarto traseiro e dianteiro também apresentaram elevações, com aumentos de 2,94% e 1,98%, respectivamente, em comparação com a semana anterior.

Desempenho das exportações

As exportações de milho do Brasil totalizaram uma receita de US$ 1,066 bilhão em julho, com uma média diária de US$ 50,804 milhões em 21 dias úteis.

A quantidade total de milho exportada atingiu 4,301 milhões de toneladas, com uma média diária de 204,811 mil toneladas. O preço médio por tonelada foi de US$ 248,10.

Comparado a julho de 2022, houve uma redução de 7,3% no valor médio diário das exportações, um aumento de 4,4% na quantidade média diária exportada e uma desvalorização de 11,3% no preço médio. Esses dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.