O presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu, nesta terça-feira (4/10), o apoio oficial do governador reeleito de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo). Nesta manhã, o político mineiro viajou a Brasília para encontro com o mandatário na residência oficial da Presidência da República, o Palácio da Alvorada.
Em coletiva à imprensa, Bolsonaro disse que o apoio de Zema é “mais que bem-vindo, essencial, decisivo para a nossa reeleição”.
Já Zema anunciou que as divergências com o presidente Jair Bolsonaro foram “deixadas de lado” e ressaltou que sempre manteve diálogo com o chefe do Executivo federal. “Eu acredito muito mais na proposta do presidente Bolsonaro do que na proposta do adversário”, frisou ele em referência ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Eu, mais do que ninguém, herdei uma tragédia”, criticou ele ao citar gestões petistas no governo mineiro e em municípios do estado.
Assista ao momento do anúncio:
O estado governado pelo Novo é o segundo maior colégio eleitoral do país. Nas eleições de domingo (2/10), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva abriu uma vantagem de 563 mil votos sobre Bolsonaro em Minas. O apoio de Zema poderá reverter o cenário.
Acompanharam a agenda no Alvorada os ministros da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, e do Meio Ambiente, Joaquim Leite, além do candidato a vice de Bolsonaro, general Walter Braga Netto, e do senador Flávio Bolsonaro, coordenador da campanha do pai à reeleição.
Lula e Bolsonaro foram para o segundo turno com uma diferença de 6,1 milhões de votos, quantidade muito próxima à recebida por Zema em sua reeleição. O governador mineiro pode ser a diferença para eleger Bolsonaro, por exemplo, se for seguido pelos mineiros que lhe confiaram o voto.
Quando extraídos apenas os votos em Minas Gerais, Lula ganhou de Bolsonaro com uma margem apertada. A diferença foi de 563,3 mil votos, ou 4,69%, percentual reversível para o segundo colocado.
Cenário diferente de 2018, quando Bolsonaro venceu em Minas Gerais com larga distância de Fernando Haddad, candidato do PT à época. Há quatro anos, Bolsonaro teve 58,19% dos votos válidos em primeiro turno no estado e Haddad, 41,81%.
Na ocasião, a diferença de 16,38% não foi revertida no segundo turno. Bolsonaro se manteve vitorioso em Minas Gerais, com 55,13% dos votos. Haddad teve 44,87%. Foram 10,26 pontos percentuais de distância entre os dois.