Internado desde a noite de terça-feira (16) em um hospital particular de Brasília, o ex-presidente Jair Bolsonaro apresentou melhora parcial após receber hidratação e medicação. De acordo com boletim divulgado por sua família nesta quarta-feira (17), a equipe médica continuará monitorando seu estado de saúde ao longo do dia para decidir se será necessária a permanência hospitalar.
Segundo o comunicado, Bolsonaro chegou à emergência desidratado, com queda da pressão arterial e aumento da frequência cardíaca. Exames laboratoriais e de imagem confirmaram persistência de anemia e alteração da função renal, com elevação da creatinina. Uma ressonância magnética do crânio foi realizada para investigar episódios recorrentes de tontura, mas não apontou alterações agudas.
O ex-presidente também enfrenta problemas dermatológicos. No domingo (14), passou por cirurgia para retirada de oito lesões cutâneas localizadas no tronco e no braço direito. O hospital informou que os procedimentos ocorreram sem intercorrências, sob sedação e anestesia local, e que as amostras retiradas serão analisadas por meio de biópsia. A instituição acrescentou que Bolsonaro recebeu reposição endovenosa de ferro e que exames de imagem indicaram uma sequela de pneumonia recente por broncoaspiração.
Em abril, Bolsonaro já havia passado por nova cirurgia no intestino em razão de complicações ligadas à facada sofrida durante a campanha eleitoral de 2018.
Atualmente, o ex-presidente cumpre prisão domiciliar em Brasília por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele é acusado de tentar obstruir investigações sobre a tentativa de golpe de Estado que buscava mantê-lo no poder entre o fim de 2022 e o início de 2023. Na semana passada, o STF o condenou a 27 anos e 3 meses de prisão pela participação na trama golpista.