Um ataque em larga escala da Rússia contra Kiev, capital da Ucrânia, deixou pelo menos 17 mortos — incluindo quatro crianças — e 38 feridos nesta quinta-feira (28), segundo o governo ucraniano. O bombardeio, classificado pelo prefeito Vitali Klitschko como “maciço”, atingiu três bairros, danificou estruturas de energia e deixou 60 mil pessoas sem luz.
De acordo com o Exército ucraniano, a Rússia lançou 598 drones e 31 mísseis contra o país; 563 drones e 26 mísseis foram interceptados. Moscou confirmou o ataque e afirmou ter usado armas de alta precisão, incluindo mísseis balísticos Khinzal, com o objetivo de atingir bases aéreas e empresas ligadas ao esforço militar da Ucrânia.
O presidente Volodymyr Zelensky chamou a ofensiva de “assassinato horrível e deliberado de civis” e declarou que a Rússia “escolheu os mísseis em vez da mesa de negociação”. Já o premiê britânico, Keir Starmer, disse que o ataque foi “sem sentido” e informou que um edifício diplomático do Reino Unido foi gravemente danificado. O presidente francês, Emmanuel Macron, também condenou a ação.
Enquanto moradores de Kiev buscavam abrigo no metrô, a Ucrânia respondeu atacando refinarias de petróleo russas nas regiões de Krasnodar e Samara. A escalada acontece em meio a novas tentativas diplomáticas de encerrar a guerra, iniciada em 2022.