Israel intensificou seus ataques na Faixa de Gaza pelo terceiro dia consecutivo, deixando pelo menos 64 mortos nesta quinta-feira (15), o maior número diário desde o início da ofensiva em março. Ao todo, mais de 200 pessoas morreram, segundo a defesa civil local, controlada pelo grupo Hamas.
Os bombardeios atingiram principalmente a cidade de Khan Younis, no extremo sul de Gaza, onde um cinegrafista da Associated Press registrou cerca de dez ataques aéreos e a remoção de vários corpos ao necrotério do Hospital Nasser. A maioria das vítimas é composta por mulheres e crianças, atingidas em ataques contra residências e tendas.
Entre os mortos está o jornalista Hasan Samour, da emissora catariana Al Araby TV, que faleceu junto com 11 membros de sua família. A rede confirmou a morte do profissional em suas redes sociais.
O Exército israelense informou que, nos últimos dois dias, sua força aérea atingiu 130 alvos usados por grupos militantes na Faixa de Gaza. Os ataques ocorrem em meio à visita do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Oriente Médio, que não inclui passagem por Israel.
Havia expectativa de que a viagem de Trump pudesse favorecer a negociação de um cessar-fogo ou a renovação da ajuda humanitária para Gaza, onde o bloqueio israelense já dura três meses. Sobre os escombros, sobreviventes ainda relatam a presença de pessoas soterradas, aumentando o temor pelo aumento do número de vítimas.