Até o momento, não há casos notificados de varíola dos macacos no Brasil. A informação foi divulgada neste sábado (21.mai) pelo ministério da Saúde. A pasta disse ainda que o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) enviou aos estados as informações disponíveis sobre a doença até agora, buscando orientar os profissionais de saúde.

O ministério da Saúde acompanha o caso suspeito de um brasileiro que está na Alemanha e já solicitou informações adicionais à Organização Mundial da Saúde (OMS) e ao ministério da Saúde da Alemanha.

Na sexta-feira (20.mai) a Organização Mundial da Saúde fez uma reunião de emergência para discutir o recente surto. A infecção viral é mais comum na África Ocidental e Central. Mas a Europa tem mais de 100 casos confirmados ou suspeitos. A Espanha registrou 24 novos casos na sexta-feira (20.mai), principalmente na região de Madri, onde o governo regional fechou uma sauna ligada à maioria das infecções.

Identificada pela primeira vez em macacos, a doença conhecida como monkeypox, é transmitida pelo contato próximo e raramente se espalha para fora da África, por isso a preocupação das autoridades sanitárias europeias. A varíola dos macacos é uma doença viral leve, caracterizada por sintomas de febre, bem como uma erupção cutânea distinta.

Na Organização Mundial da Saúde (OMS) o assunto foi tratado pelo Grupo Consultivo Estratégico e Técnico sobre Riscos Infecciosos com Potencial Pandêmico e Epidemiológico (STAG-IH), que aconselha sobre os riscos de infecção que podem representar uma ameaça à saúde global.

"É muito improvável que essa epidemia dure muito. Os casos podem ser bem isolados através do rastreamento de contatos e também existem medicamentos e vacinas eficazes que podem ser usadas se necessário", disse Fabian Leendertz, do Instituto Robert Koch.

Ainda assim, o chefe europeu da OMS disse estar preocupado que as infecções possam acelerar na região à medida que as pessoas se reúnem para festas e festivais nos próximos meses de primavera e verão no hemisfério norte. Não há vacina específica para a varíola, mas os dados mostram que as vacinas usadas para erradicar a varíola são até 85% eficazes contra a monkeypox, segundo a Organização Mundial da Saúde.