Ao assumir o cargo de relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 no Senado, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) prometeu uma investigação “árida e acidentada, mas exitosa”. Ele se comprometeu a exercer com isenção seu trabalho de elaborar o parecer da comissão.
Calheiros ainda assegurou que não se comportará como a operação Lava Jato, que o investigou e , em sua avaliação, tomou decisões sem provas contra todos os investigados.
“A CPI, alojada em uma instituição secular e democrática, que é o Senado da República, tampouco será um cadafalso com sentenças pré-fixadas ou alvos selecionados”, apontou o senador.
“Não somos discípulos de Deltan Dallagnol, nem de Sergio Moro. Não arquitetaremos teses sem provas ou powerpoints contra quem quer que seja. Não desenharemos o alvo para depois disparar a flecha. Não reeditaremos a República do Galeão”, continuou.
O parlamentar garantiu que, como relator, vai se pautar pela isenção e imparcialidade, independentemente de “valorações pessoais”.
“A investigação será técnica, profunda, focada no objeto que justificou a CPI e despolitizada. É impossível esquecer todos os dias fúnebres em mais de um ano de pandemia, mas é impossível apagar abril, o mês mais mortal e o dia 6 de abril com 1 morte a cada 20 segundos. Esses números superlativos merecem uma reflexão, merecem um minuto de silencio”, disse.
“Nenhum expediente tenebroso das catacumbas do Santo Ofício será evocado”, apontou.