Começou nesta quarta-feira (7), no Vaticano, o conclave que decidirá o sucessor do papa Francisco, falecido no mês passado. No primeiro dia, os 133 cardeais eleitores realizaram apenas uma rodada de votação — tradicionalmente simbólica — marcando o início formal do processo. A expectativa é que a definição do novo papa ainda leve mais alguns dias.

A primeira votação, que ocorre após a missa Pro Eligendo Romano Pontifice, costuma incluir votos de cortesia, oferecidos em sinal de respeito ou amizade, e raramente define o nome do pontífice. Para que a escolha aconteça, é necessário o apoio de dois terços do colégio — ao menos 89 votos.

De acordo com o Vaticano, a única fumaça prevista para o dia — possivelmente preta, indicando que não houve decisão — deverá sair por volta das 14h (horário de Brasília). A fumaça branca, sinal de que um novo papa foi eleito, ainda é considerada improvável nesta fase inicial.

O resultado da primeira rodada costuma revelar os nomes com maior apoio nas diversas alas da Igreja e ajuda a moldar os rumos das votações seguintes. Segundo analistas, conclaves breves projetam uma imagem de unidade entre os cardeais, algo considerado desejável neste momento de transição.

Caso um novo papa não seja escolhido até o terceiro dia, cresce a percepção de divisão interna. O conclave prossegue com até quatro votações por dia, duas pela manhã e duas à tarde, até que um nome alcance a maioria qualificada.

Entre os nomes mais comentados nas bolsas de apostas estão cardeais da Ásia, África e América Latina, refletindo a busca por um líder representativo de uma Igreja globalizada. A escolha do sucessor de Francisco será decisiva para o futuro da Igreja Católica em temas como migração, mudanças climáticas, moral sexual e administração eclesiástica.