Foto: TV Globo/ Reprodução
Thursday, 23 de October de 2025 - 05:58:56
Casal transforma pedido de namoro em jogo de investigação e alcança faturamento de R$ 100 mil por mês
NEGÓCIO CRIATIVO

O que começou como um pedido de namoro criativo virou um negócio de sucesso. Marina Lamim e Lucca Marques, criadores do jogo de investigação “Sob Investigação”, conquistaram o público brasileiro com uma proposta que mistura mistério, raciocínio lógico e imersão narrativa.

A ideia nasceu quando Lucca, engenheiro de produção e fã de desafios, decidiu surpreender Marina com um jogo personalizado que terminava com um anel e uma flor. A brincadeira, repleta de pistas e enigmas, fez tanto sucesso que inspirou o casal a desenvolver um protótipo comercial.

Apaixonados por jogos de tabuleiro, eles investiram R$ 10 mil para criar uma experiência inédita no Brasil, que colocasse o jogador na pele de um detetive. Após semanas de testes com amigos e familiares, o jogo foi ajustado para ser acessível a todas as idades. “Queríamos algo que crianças, adultos e idosos pudessem jogar juntos”, contou Marina, responsável pelo design e parte visual.

Como funciona

O jogo começa com a entrega de envelopes cheios de pistas, contendo jornais fictícios, documentos, depoimentos e cadernos de suspeitos — tudo feito à mão pelo casal. O jogador precisa desvendar crimes fictícios, como assassinatos ou roubos, analisando as evidências para descobrir o culpado.

Para auxiliar na investigação, os participantes interagem com um “delegado virtual”, uma inteligência artificial que fornece dicas e valida respostas por meio de um aplicativo de mensagens. “Se o jogador se perde, o delegado o orienta, como num protocolo de investigação real”, explica Lucca.

O negócio, que começou com apenas duas vendas diárias, hoje comercializa cerca de 80 jogos por dia, com preços a partir de R$ 54,90, alcançando um faturamento mensal de R$ 100 mil.

Narrativas brasileiras e expansão

Um dos diferenciais do “Sob Investigação” é a ambientação das histórias em cenários brasileiros, com personagens e contextos locais. “Queríamos algo com a nossa cara, que o público reconhecesse”, afirma Marina.

Com sede em São Paulo, o casal pretende expandir o catálogo e levar o jogo a eventos e feiras internacionais. “Pensamos em tudo, desde o papel até a emoção que o jogo vai despertar. Queremos que cada pessoa viva uma experiência única”, conclui.

Texto/Fonte: G1