O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira (24) um cessar-fogo entre Israel e Irã que, segundo ele, colocaria fim à “guerra de 12 dias”. O acordo, conforme divulgado por fontes anônimas envolvidas nas negociações, foi condicionado à promessa do Irã de não lançar novos ataques, enquanto Israel concordou em suspender as operações militares em andamento.
Segundo informações da agência Reuters, a negociação contou com participação direta e indireta de autoridades americanas, como o vice-presidente J.D. Vance, o secretário de Estado Marco Rubio e o enviado especial Steve Witkoff, além do emir do Catar, que teria atuado como mediador nas conversas com o Irã.
Trump afirmou que os dois países encerrariam suas operações militares nas próximas horas e que a suspensão total dos ataques ocorreria em até 24 horas após o anúncio. No entanto, horas depois, o chanceler iraniano Abbas Araqchi negou a existência de qualquer acordo ou interrupção das hostilidades.
O conflito teve início no dia 13 de junho, quando Israel lançou uma operação preventiva para conter o programa nuclear iraniano, que considera ameaça à sua existência. Em retaliação, o Irã disparou mísseis contra cidades israelenses e bases militares americanas na região, provocando dezenas de mortos e milhares de feridos, em sua maioria civis.
Nos últimos dias, os Estados Unidos atacaram alvos nucleares iranianos, incluindo a usina subterrânea de Fordow, gerando uma escalada no conflito. Em resposta, o Irã realizou ataques simbólicos contra bases americanas, com projéteis interceptados, sem vítimas registradas.
Apesar do anúncio de Trump, as tensões permanecem, e a situação no Oriente Médio ainda é instável, com os governos de Israel e Irã sem confirmar oficialmente a trégua.