O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, enfrenta uma nova fase de pressão após o cessar-fogo em Gaza e a libertação de reféns, combinando desafios políticos e processos judiciais. Ele precisará lidar com questionamentos sobre falhas de segurança durante o massacre do Hamas e com acusações de corrupção que tramitam em sua agenda judicial.
Ao longo de seus 18 anos à frente do governo, Netanyahu desenvolveu uma habilidade política de sobrevivência, articulando coligações improváveis e mantendo sua popularidade. Mesmo assim, o desgaste é visível: manifestações recentes na Praça dos Reféns, em Tel Aviv, repercutiram em vaias quando seu nome era mencionado, enquanto a população aguardava a libertação dos 20 reféns sobreviventes.
Netanyahu, que pediu para encurtar uma audiência judicial alegando estar resfriado, continua resistindo para permanecer no cargo e evitar condenações. A suspensão da guerra em Gaza representa, para ele, uma oportunidade de reforçar sua narrativa de liderança vitoriosa frente ao Hamas, Hezbollah e Irã, apesar das críticas sobre a segurança nacional.
O presidente dos EUA, Donald Trump, manifestou apoio ao premiê, sugerindo que o líder israelense fosse perdoado e elogiando sua capacidade de vencer. A combinação de questões internas e externas mantém Netanyahu no centro de uma delicada articulação política, enquanto o país avalia seu desempenho diante dos recentes conflitos e crises internas.