O ex-governador do Ceará Ciro Gomes formalizou nesta sexta-feira (17) sua saída do PDT, ao entregar uma carta de desfiliação ao presidente nacional da sigla, Carlos Lupi. A decisão, revelada pela Folha de S. Paulo e confirmada pelo g1, encerra uma relação política que durava desde 2015 e ocorre em meio à aproximação do partido com o governo do petista Elmano de Freitas no Ceará.
Aliados de Ciro afirmam que o rompimento era esperado, já que o político vinha demonstrando insatisfação com a aliança local entre PDT e PT. A situação, segundo eles, se tornou “insustentável” após sucessivas declarações públicas de Ciro contra o governo estadual.
Antonio Neto, vice-presidente nacional do PDT e presidente da legenda em São Paulo, lamentou a saída do ex-ministro. “A notícia preocupa e entristece. É verdade que ninguém é maior do que o partido, mas também é verdade que Ciro é parte da nossa história e do sonho de um futuro trabalhista”, afirmou.
Ciro, que disputou quatro vezes a Presidência da República, ainda não anunciou seu novo destino político. Ele deve avaliar as possibilidades na próxima semana.
O rompimento consolida um distanciamento iniciado em 2022, quando Ciro decidiu lançar Roberto Cláudio como candidato do PDT ao governo do Ceará, rompendo uma aliança histórica com o PT no estado e enfrentando o então candidato petista Elmano de Freitas.