A candidatura do cardeal Pietro Parolin ao papado perdeu força nos dias finais antes do conclave devido a críticas ao acordo da Santa Sé com a China e à falta de apoio entre cardeais italianos. Segundo relatos, o golpe final veio de uma intervenção do conservador Raymond Leo Burke, que, mesmo sem direito à palavra, foi autorizado a criticar duramente a negociação feita por Parolin com o regime chinês, acusando falta de transparência.
Parolin, apesar da posição de secretário de Estado e da proximidade com o papa Francisco, nunca comandou uma diocese como bispo, o que pesou contra ele diante da preferência dos cardeais por um perfil mais pastoral. O jantar da véspera do conclave marcou a ascensão do nome do americano Robert Francis Prevost, que ganhou apoio maciço de cardeais italianos e latino-americanos.
Prevost, com experiência pastoral no Peru e fluente em espanhol, foi eleito papa Leão XIV já no segundo dia de conclave, superando com folga os 89 votos necessários. Seu histórico à frente do Dicastério para os Bispos, desde 2023, deu a ele a visibilidade e credibilidade que faltaram a outros candidatos.