O Sistema Farsul e a Fundação Pró-Sementes divulgaram, nesta quarta-feira (26), o resultado dos Ensaio de Cultivares em Rede (ECR) da safra de soja 2022/23.
Trata-se de uma pesquisa aprofundada sobre o cultivo do grão no Rio Grande do Sul, servindo como uma ferramenta para auxiliar a tomada de decisões do produtor e das assistências técnicas gaúchas.
O estudo foi realizado em três microrregiões produtoras de soja no estado, que se dividem em 11 municípios. Assim, foram analisadas as safras de duas épocas diferentes de semeadura em:
Quarenta cultivares foram analisadas no período, definidas através da maior representatividade de hectares aprovados para a produção de sementes, indicados no Zoneamento Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para o estado.
Os cultivares foram separados em dois grupos:
As tecnologias utilizadas foram IPRO, IX2, E e RR. A amplitude da produtividade regional no estudo variou de 17 sacas por hectare em Cachoeira do Sul até 77 sacas por hectare em Vacaria. A produtividade máxima alcançada foi em Vacaria, com 108 scs/ha.
Os dois ensaios conduzidos em Bagé, assim como os ensaios conduzidos na várzea de Pelotas e Cachoeira do Sul foram perdidos devido aos efeitos da estiagem.
No ciclo precoce da 2ª semeadura:
No ciclo médio/tardio de 1ª época:
Já na 2ª época de plantio do ciclo médio/tardio:
No mesmo período:
Na 1ª época do ciclo precoce:
Os resultados do ciclo médio/tardio da 1ª época foram:
Na 2ª época do ciclo médio/tardio, destacaram-se:
No ciclo médio/tardio:
Seca na lavoura de soja. Foto: Pedro Silvestre/Canal Rural
A gerente de Pesquisa & Desenvolvimento da Fundação Pró-Sementes, Kassiana Kehl, avalia que as condições climáticas foram bem difíceis, com uma estiagem bem severa.
“Nesta safra houve uma inversão da produtividade das áreas no estado. Ano passado o destaque ficou para a produtividade da metade sul, já neste ano a situação ficou melhor para a região norte”, apontou.
Segundo ela, as amostras de Cachoeira do Sul servem para exemplificar a situação da seca no estado. “A demanda de água da soja, do plantio à colheita, varia entre 450 mm e 800 mm. Em Cachoeira do Sul, por exemplo, o total de chuvas não atingiu nem o mínimo necessário. É uma situação bem crítica.”
Já o presidente da Fundação Pró-Sementes, Hugo Boff, destacou a importância da pesquisa. “A quantidade de informação que essa pesquisa proporciona para o produtor é primordial, e acreditamos que ela possa perdurar até para além do estado”.