Foto: Assessoria
Friday, 25 de April de 2025 - 12:52:23
Cultivares lançadas são resistentes à fusariose e prometem reduzir custos e aumentar qualidade da produção
UNEMAT DISTRIBUI MAIS DE 3,4 MIL MUDAS DE ABACAXIZEIRO EM TANGARÁ DA SERRA; META É ENTREGAR 1 MILHÃO EM TODO O BRASIL

O projeto de extensão MT Horticultura, da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), câmpus de Tangará da Serra, realizou recentemente a entrega gratuita de mais de 3,4 mil mudas de abacaxizeiro a produtores rurais da região. As doações fazem parte de uma ação nacional que pretende distribuir mais de 1 milhão de mudas nos próximos meses, por meio do laboratório de Micropropagação da instituição.

O programa de melhoramento genético do abacaxizeiro teve início em 2012, e no último ano a universidade lançou oficialmente as cultivares Unemat Esmeralda e Unemat Rubi, durante o 7º Simpósio Brasileiro do Abacaxizeiro. Ambas são resistentes à fusariose — principal doença que afeta a cultura — o que reduz significativamente os custos com insumos para controle da enfermidade.

“As mudas entregues são matrizeiras. Os produtores devem cultivá-las e multiplicá-las antes de iniciar o plantio comercial. Como são resistentes à fusariose, eles não terão custos com fungicidas para esse tipo de controle”, explica o coordenador do projeto, Willian Krause.

Gabriel Morandi, um dos agricultores beneficiados, destacou as vantagens práticas das novas variedades. “Essas cultivares são sem espinhos, o que facilita o manejo. Além disso, o fruto tem mais qualidade. Isso ajuda muito na nossa rotina de produção”, relatou.

Com o lançamento das novas variantes, a Unemat se tornou a terceira instituição no Brasil a desenvolver e lançar cultivares próprias de abacaxi, o que a posiciona como referência nacional no melhoramento genético da fruticultura. “É o reconhecimento da importância da universidade para a ciência e para o produtor rural”, pontua Krause.

A pesquisadora Dayane Castro, que acompanhou as etapas finais do desenvolvimento das cultivares, celebrou o retorno da comunidade. “Ver o interesse dos produtores depois de tantos anos de pesquisa é gratificante. A gente percebe que está fazendo a diferença”, concluiu.

Texto/Fonte: Só Notícias