O delegado Flávio Stringueta afirmou que conseguiu o seu "objetivo" após o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) ter o denunciado por calúnia, injúria e difamação. Segundo o delegado, ele "gostaria" de ser processado para "provar" o que está dizendo.  

Stringueta diz que apontou imoralidade e não ilegalidade, como a denúncia do promotor de Justiça, Marcos Regenold afirma. "Os doutores da lei não sabem a diferença?!?! Alguém deverá desenhar a eles", ironiza o delegado.  

Flávio Stringueta também questiona o fato que a denúncia não cita às crítica que ele fez em relação a aquisição de 400 smartphones pela instituição por R$ 2.232 milhões. Só para Iphone serão gastos R$ 1.683 milhão.  "Por que não se sentiram ofendidos quanto aos smartphones que receberão imoralmente em plena pandemia, enquanto milhões de pessoas passam fome por terem perdido empregos, fechado lojas, perdido parentes, cujo dinheiro ajudaria todos eles e muito mais?", questiona.  

  O delegado disse sentir "pena" dos "senhores" do Ministério Público e diz que a 'opinião pública' tem o apoiado. "E eles sentem que suas honras são mais importantes do que a opinião pública. Um tapa na cara da sociedade", completa.  

Sobre a afirmação do MP de que ele tem realizado críticas ao MP por interesse político, Stringueta diz que não tem pretensão política.   "E mesmo se tivesse, este não deve ser o momento para me promover politicamente. E, ainda, mesmo se tivesse, não muda nada o contexto das imoralidades que revelei e que foram aplaudidas pela sociedade de bem", afirmou.  

Sobre a acusação de que teria recebedi auxílio moradia ilegal em Lucas do Rio Verde, Flávio Stringueta  questiona o fato do MP não ter se manifestado logo que a lei municipal foi criada. "Se havia lei, era legal. Assim como a lei que os beneficiou com o imoral auxílio moradia, mas não foi contestado por nenhum membro do MP", finaliza.  

Flávio Stringueta chegou a ser exonerado da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) por decisão da direção-geral da Polícia Civil de Mato Grosso, sob alegação de que a sua permanência poderia atrapalhar na relação entre MP e Policia Civil.  

Nesta terça-feira (6), Stringueta foi realocado para integrar a equipe da 2º Delegacia de Polícia do Carumbé, no Planalto, em Cuiabá.