Delegados da Polícia Civil detalharam, nesta manhã, a Operação Codinome Fantasma II, que resultou no cumprimento de 31 mandados de prisão, 51 de buscas e apreensões, além do bloqueio de 12 contas bancárias e sequestro de bens ligados a uma organização criminosa. A ação visa combater o tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, venda ilegal de armas e a entrada irregular de celulares no presídio Ferrugem, em Sinop. Os mandados foram cumpridos em Sinop, Rondonópolis, Cuiabá e Santa Catarina.
Segundo o delegado Getúlio Daniel, da DERF Sinop, as investigações começaram no primeiro semestre do ano passado. “Com base em informações de inteligência, identificamos ramificações da facção criminosa que atua na cidade, principalmente no tráfico de drogas, facilitação da entrada de celulares no presídio, posse e porte ilegal de armas e corrupção. Essa operação é fundamental para combater essas organizações”, explicou.
O delegado Thiago Berger, também da DERF, explicou que a facção usava contas de “laranjas” para disfarçar a origem do dinheiro ilícito. “Eles utilizavam pessoas interpostas para esconder os valores obtidos com esses crimes. Identificamos isso e bloqueamos 12 contas bancárias, embora o valor total não tenha sido divulgado.”
Outra parte da investigação focou na entrada irregular de celulares no presídio Ferrugem, com a participação de um policial penal, que foi preso na operação. “Apesar do valor da polícia penal, infelizmente há ‘maçãs podres’, como este caso”, disse Berger.
O delegado ainda afirmou que a operação pode ter novas fases, à medida que novas provas forem analisadas. “O policial mantinha comunicação constante com outro suspeito identificado, o que motivou a prisão dele. Vamos avaliar os desdobramentos da investigação.”
A operação representa um avanço importante no combate à criminalidade organizada em Mato Grosso, especialmente em Sinop e região.