Foto: Petrobras
Monday, 17 de November de 2025 - 15:28:58
Descoberta no pós-sal reforça potencial da região enquanto estatal avança em novas fronteiras exploratórias
PETROBRAS ENCONTRA NOVO RESERVATÓRIO DE PETRÓLEO NA BACIA DE CAMPOS

A Petrobras confirmou uma nova descoberta de petróleo no bloco Sudoeste de Tartaruga Verde, situado a 108 quilômetros da costa de Campos dos Goytacazes (RJ). O poço exploratório, perfurado em uma área de 734 metros de profundidade, já passou pelos primeiros testes — incluindo análises elétricas, identificação de gás e coleta de fluidos — que comprovaram a presença de óleo. O material segue agora para análises laboratoriais que vão determinar a qualidade do reservatório e estimar o potencial produtivo da área.

O bloco foi adquirido pela companhia em 2018, durante a 5ª Rodada de Partilha de Produção, e é operado integralmente pela estatal. A descoberta ocorre no pós-sal, camada geológica acima do sal e geralmente mais simples de explorar que o pré-sal, que se encontra em profundidades maiores e concentra volumes expressivos de petróleo de alta qualidade.

A Bacia de Campos, que se estende entre o Rio de Janeiro e o Espírito Santo, foi por muitos anos o principal polo da produção nacional de petróleo. Mesmo com a ascensão do pré-sal, a região continua sendo estratégica para a estatal, que mantém projetos de exploração e desenvolvimento de novos poços.

A descoberta mais recente antes desta havia sido registrada em maio, no bloco Aram, no pré-sal da Bacia de Santos — o segundo achado de petróleo de alta qualidade na mesma área apenas neste ano. O avanço segue em paralelo ao início de uma nova frente exploratória na Margem Equatorial, após o Ibama autorizar a perfuração no bloco FZA-M-059, localizado a cerca de 500 km da foz do Rio Amazonas.

Segundo a Petrobras, essa nova fronteira pode se revelar um “novo pré-sal”, com potencial estimado de produção de até 1,1 milhão de barris por dia — número superior ao dos maiores campos atuais, Tupi e Búzios. A previsão é que a perfuração, em mar aberto e 175 km distante da costa, dure cinco meses.

Apesar das expectativas, o projeto enfrenta críticas de ambientalistas, que alertam para riscos em uma região sensível e ainda pouco estudada, além de potenciais impactos sobre comunidades que dependem da pesca. A estatal afirma, no entanto, que reforçou todas as medidas de proteção ambiental para garantir a segurança da operação.

Texto/Fonte: G1