Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro avaliam que o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) enfrenta um cerco crescente nos Estados Unidos, ao mesmo tempo em que responde a processos no Supremo Tribunal Federal (STF) e na Câmara dos Deputados.
Nos bastidores, integrantes da direita ouvidos pelo blog de Andréia Sadi acreditam que a aproximação entre Lula e Donald Trump pode enfraquecer ainda mais a atuação de Eduardo no país norte-americano.
Há apostas, inclusive, de que as sanções impostas pelos EUA a ministros brasileiros possam ser encerradas, o que, segundo esses interlocutores, tiraria o principal objetivo da articulação entre Eduardo e o comentarista Paulo Figueiredo.
Entre apoiadores, cresce a comparação de que o deputado poderia seguir os passos de Olavo de Carvalho, ideólogo bolsonarista falecido em 2022, mantendo-se nos EUA para produzir conteúdo e vender livros críticos ao governo brasileiro e à esquerda. Eduardo, inclusive, mantém uma livraria virtual voltada a publicações pró-armamento e de viés conservador.
Nos círculos da direita, há quem defenda que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), seja o interlocutor brasileiro junto ao governo Trump.
No entanto, Tarcísio tem imposto limites a essa aproximação, argumentando que já existem canais oficiais de diálogo entre o governo Lula e autoridades norte-americanas.
A movimentação revela divisões internas no campo bolsonarista e um cenário de redefinição de estratégias políticas diante do novo eixo diplomático entre Brasília e Washington.