Foto: Tatan Syuflana/ AP
Thursday, 22 de May de 2025 - 18:04:46
Dólar fecha em alta a R$ 5,66 após bloqueio de R$ 31 bilhões e aumento do IOF; Ibovespa cai
ECONOMIA E MERCADO FINANCEIRO

O dólar encerrou o dia em alta de 0,32%, cotado a R$ 5,6614, após o anúncio do bloqueio de R$ 31,3 bilhões no orçamento federal e o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Na máxima do dia, a moeda chegou a R$ 5,6803. Apesar da alta no dia, a moeda acumula queda de 0,13% na semana, 0,27% no mês e 8,39% no ano.

O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, recuou 0,44%, fechando aos 132.273 pontos, acumulando queda de 0,94% na semana, avanço de 2,08% no mês e ganho de 14,63% no ano.

O bloqueio orçamentário de R$ 31,3 bilhões foi divulgado pelos ministérios da Fazenda e do Planejamento para cumprir o limite de gastos previsto no arcabouço fiscal aprovado em 2023 e atender à meta fiscal de zerar o déficit neste ano, que foi de R$ 43 bilhões em 2024. O contingenciamento inclui R$ 10,6 bilhões acima do limite do arcabouço e R$ 20,7 bilhões para cumprimento da meta fiscal.

Além disso, o governo aumentou o IOF com a expectativa de arrecadar R$ 20,5 bilhões a mais em 2025 e R$ 41 bilhões em 2026.

O cenário fiscal brasileiro preocupa investidores, que também avaliam os impactos da nova medida provisória que altera regras do setor elétrico, beneficiando cerca de 115 milhões de brasileiros com descontos ou isenções na conta de luz.

No âmbito internacional, o pacote fiscal nos EUA, que inclui a permanência dos cortes de impostos e cortes em incentivos à energia verde, pode elevar a dívida americana em US$ 3,8 trilhões, agravando a pressão sobre o déficit público do país.

No mercado global, os dados recentes mostram queda nos pedidos de auxílio-desemprego nos EUA e aceleração da atividade empresarial, enquanto a economia alemã deve estagnar e o Banco do Japão não vê necessidade de intervir para conter aumentos em rendimentos de títulos.

O Banco Central brasileiro mantém a estratégia de juros elevados para desacelerar a economia e controlar a inflação, apesar dos desafios fiscais e externos que impactam os mercados domésticos.

Texto/Fonte: G1