Uma família foi feita de refém por dois ladrões armados na manhã de terça-feira (18) em uma fazenda do Município de Rio Branco (a 280 quilômetros de Cuiabá). O dono da propriedade reagiu e matou a tiros um dos criminosos.

De acordo com a Polícia Militar, a equipe recebeu áudio em que as vítimas pediam socorro. A mensagem foi enviada aos amigos, pois no local não funcionam telefones convencionais. 

Quando a equipe chegou ao local, a família já tinha se desvencilhado dos criminosos e um deles estava caído aos fundos da propriedade.

O homem já estava morto, com um revólver na mão direita e uma faca na cintura. Ele ainda estava encapuzado e tinha uma bolsa lateral rente ao corpo.

De acordo com o proprietário da fazenda, por volta das 6h ele ouviu os gritos da sogra, em seguida as vozes de outras pessoas. Ele então percebeu que tanto a sogra quanto a esposa foram feitas reféns.

Como estava dentro do quarto, pegou sua pistola Taurus .380 e permaneceu dentro da casa.

De repente um dos assaltantes teria ido até a janela do seu quarto e, encapuzado, gritado “perdeu, perdeu”, tentando rendê-lo.

O fazendeiro atirou em direção ao assaltante. Depois dos tiros, o homem teria saído correndo para os fundos.

O proprietário da fazenda disse ter ouvido outro disparo e, em seguida, tanto a esposa quanto a sogra apareceram na porta da sede, pedindo para entrar.

Ele afirmou ter ouvido os cachorros latindo insistentemente e, após alguns minutos, foi até os fundos da residência e viu, de longe, as pernas de um dos assaltantes que estava caído no chão. 

De acordo com as reféns, ambas realizavam as tarefas cotidianas quando se depararam com um homem armado, que as rendeu. Um segundo assaltante teria vindo para vigiá-las, enquanto o assaltante armado se dirigia para a sede da fazenda.

As duas filhas da mulher, de 17 e 11 anos, estavam em casa, mas teriam trancado as portas.

As vítimas ouviram alguns disparos e, em seguida, viram o assaltante correndo. Ele mesmo teria efetuado o segundo disparo ao passar correndo por elas. O homem que as vigiava fugiu e elas voltaram para a sede para pedir abrigo.

O local foi isolado e foram realizados os procedimentos de perícia.

O proprietário foi conduzido à delegacia, segundo a equipe, em “clara situação de legítima defesa própria e de terceiros” para os esclarecimentos. A Polícia Civil acompanha o caso.