Nos sete primeiros dias de setembro, Mato Grosso teve 4.475 focos de calor, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O número é 638% maior do que no mesmo período de agosto, com 606 registros. O estado está em situação crítica para “risco de fogo” para os próximos dias, conforme o órgão.

No acumulado do ano, Mato Grosso registrou 20.933 focos de calor. Dos últimos cinco anos, 2022, até o momento, fica atrás apenas de 2020, quando os satélites do instituto somaram 24.991 pontos também entre 1 e 7 de setembro. Em 2021, foram 14.738; em 2019, 14.442; e em 2018, 12.022.

O município de Colniza, a 1.065 km de Cuiabá, foi o que mais apresentou focos no período: 2.348 - ou seja, 52,4% do total registrado em todo o estado. Na quarta-feira (7), foram 138 - colocando o município em segundo lugar do país. O maior número foi registrado pelo Inpe no dia 3 de setembro, quando havia 221 pontos simultâneos.

Na lista dos dez municípios do país com mais focos, Colniza está em 7º lugar, atrás de Altamira (PA), que lidera com 4.183 em sete dias, São Félix do Xingu (PA), com 4.175; Labréa (AM), com 3.024; Porto Velho (RO), com 2.968; Novo Progresso (PA), 2.954; Apuí (AM), 2.786. Depois, estão Feijó (AC), com 1.734 focos; Itaituba, com 1.686, e Novo Aripuanã (AM), com 1.562.

No geral, de acordo com o Inpe, Mato Grosso está atrás apenas do Pará, onde os satélites do instituto identificaram 5.416 focos de calor entre os dias 1 e 7 de setembro.

O Brasil registrou, no acumulado do ano, 107.957 focos de calor – 23.568 apenas em setembro. Nos primeiros sete dias de agosto, foram 4.812 identificações feitas pelos satélites.