O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou o empresário Sérgio Nahas a 8 anos e 2 meses de prisão em regime fechado pelo assassinato da esposa Fernanda Orfali, ocorrido em setembro de 2002, no apartamento do casal, no Centro de São Paulo. A decisão aumentou a pena solicitada pelo Ministério Público.
Sérgio Nahas responde ao processo em liberdade. A defesa da família da vítima aguarda o trânsito em julgado, quando não cabem mais recursos. A família lamenta que o pai da vítima tenha morrido sem ver a Justiça feita e destaca o sofrimento da mãe, debilitada após anos buscando justiça.
Na época, os advogados de Nahas alegaram que Fernanda sofria de depressão e teria cometido suicídio. No entanto, para a acusação, o empresário matou a esposa ao se sentir ameaçado após ela descobrir traições e uso de drogas por parte dele, além da possibilidade de divórcio e partilha de bens.
Segundo a promotoria, Nahas arrombou a porta do closet onde Fernanda tentava se proteger e disparou duas vezes contra ela. Laudos periciais confirmaram que o primeiro tiro atingiu a vítima, enquanto o segundo foi disparado pela janela. Não foram encontrados vestígios de pólvora nas mãos da vítima, e a defesa alegou que a arma usada não deixava resíduos nas mãos.
Nahas chegou a ser preso por porte ilegal da arma, mas foi solto após 37 dias por decisão judicial.
O caso gerou grande repercussão e levou 23 anos até o desfecho final no STF.