A enxaqueca é uma condição hereditária que provoca crises com sintomas variados, sendo a dor de cabeça o mais conhecido. Afetando cerca de 15% da população brasileira, ela pode gerar dor latejante, náuseas, vômitos e sensibilidade à luz e ao som. O neurologista Márcio Nattan destaca que, apesar de não ser fatal, a enxaqueca é a segunda maior causa mundial de anos vividos com incapacidade.
Principais sintomas: além da dor pulsátil, que pode ocorrer em vários pontos da cabeça e durar de horas a dias, os pacientes podem apresentar dificuldade de concentração, irritabilidade, rigidez no pescoço, enjoo e hipersensibilidade a estímulos ambientais.
Causas: a condição tem forte componente genético, resultante da interação de vários genes, com fatores externos que podem influenciar a frequência das crises.
Diferença entre cefaleia e enxaqueca: cefaleia é um termo genérico para dor na cabeça, que pode ter várias causas. Já a enxaqueca é uma condição com sintomas específicos, incluindo dores geralmente unilaterais, piora com atividades físicas, sensibilidade à luz e som, e pode ter aura — alterações visuais ou sensitivas que precedem a crise.
Cura: não existe cura definitiva, mas o tratamento pode controlar as crises e melhorar a qualidade de vida, especialmente para os casos crônicos.
Tipos de enxaqueca: incluem a crônica (mais de 15 dias com crises por mês), com aura, vestibular (com vertigem) e a rara hemiplégica (com paralisia temporária).
Diagnóstico: é clínico, baseado na história do paciente e exame físico, já que exames de imagem geralmente não mostram alterações.
Tratamentos: variam conforme a gravidade, podendo ser preventivos com medicamentos como anti-hipertensivos, antidepressivos e anticonvulsivantes, ou específicos para enxaqueca, como anticorpos monoclonais e toxina botulínica. Para crises, podem ser usados analgésicos, anti-inflamatórios e triptanas.
Alimentos: não são gatilhos comprovados, mas o desejo por certos alimentos pode surgir como sintoma precoce da crise.
Perigos: embora não fatal, a enxaqueca pode afetar seriamente a vida do paciente, causando distúrbios de humor, insônia e dependência de medicamentos.