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Thursday, 29 de February de 2024 - 10:21:52
“Era atlético; não tinha problemas de saúde”, diz amigo de aluno
SONHO INTERROMPIDO
Nós já andamos de bicicleta muitas vezes, já fizemos 50, 60 quilômetros de bicicleta

A morte precoce e rodeada de mistérios do aluno dos Bombeiros Lucas Veloso Peres, de 27 anos, comoveu mas também intrigou parentes e amigos do rapaz.

Nós já andamos de bicicleta muitas vezes, já fizemos 50, 60 quilômetros de bicicleta

Natural de Caiapônia (GO), Lucas passou no concurso público e veio para Cuiabá em junho de 2023. Ele morreu na última terça-feira (27) durante um treinamento de salvamento aquático na Lagoa Trevisan.

O advogado Rômulo Costa, de 31 anos, amigo de longa data da família, diz ainda não entender bem o que de fato aconteceu, mas garante que Lucas não tinha problemas de saúde e era muito bem preparado fisicamente. 

“Ele sempre foi muito atlético, bem magro e corpo atlético. Nós já andamos de bicicleta muitas vezes, já fizemos 50, 60 quilômetros de bicicleta”, relatou. 

“Ele caminhava, fazia trilha e rapel, era muito ativo. Pode até ter passado mal pelo esforço físico, eu não sei. Chegou a ter ansiedade, mas nunca teve problema de saúde na questão física”, completou.  

Segundo Rômulo, o amigo era um rapaz bom e estava prestes a se casar. 

“Uma pessoa fantástica, muito boa, toda a família dele é. Não era de ir em festa, não era pessoa de bebida, bem caseiro mesmo. Ia casar agora em junho, após a formação no curso”. 

 

Prints de conversas atribuídas a membros do Corpo de Bombeiros levantam suspeita de que possa ter havido excessos no treinamento que terminou na morte do aluno.

 

Revolta popular 

 

O caso gerou revolta na população não somente pela forma trágica com que o rapaz morreu, mas por se assemelhar a outro caso registrado na mesma lagoa. 

 

Em 15 de novembro de 2016, o aluno Rodrigo Claro morreu cinco dias após passar mal em uma aula prática na Lagoa Trevisan.

 

De acordo com a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), Rodrigo demonstrou dificuldades para desenvolver atividades como flutuação, nado livre e outros exercícios.

 

Ainda segundo o órgão, ele foi submetido a intenso sofrimento físico e mental com uso de violência.

 

“É a história se repetindo”, dizia uma das publicações.

 

 

“Mais uma vida é sacrificada nos treinamentos dos Bombeiros. Até quando vai isso?”, questionava outra.

Texto/Fonte: LIZ BRUNETTO DO MIDIANEWS