A irmã do presidente argentino Javier Milei, Karina Milei, secretária-geral da Presidência, está no centro de um escândalo investigado pela Justiça após o vazamento de áudios gravados por Diego Spagnuolo, ex-chefe da Agência Nacional para a Deficiência (Andis). Nos áudios, Karina e o subsecretário Eduardo “Lule” Menem são acusados de cobrar propina de indústrias farmacêuticas para compras de medicamentos destinados à rede pública, com ganhos estimados em US$ 800 mil mensais, dos quais Karina receberia 3% a 4%.
20/07: Vazamento dos áudios à imprensa, provocando crise no governo Milei.
21/07: Demissão de Diego Spagnuolo e início da investigação judicial.
Investigações incluem 16 buscas, apreensão de US$ 266 mil em espécie, celulares e documentos.
O juiz federal Sebastián Casanello proibiu a saída dos investigados do país.
Karina Milei: secretária-geral da Presidência, acusada de receber parte das propinas e braço direito do presidente.
Eduardo “Lule” Menem: subsecretário e principal operador do esquema.
Diego Spagnuolo: ex-chefe da Andis e autor dos áudios, agora réu.
Empresários Kovalivker: intermediários na venda de medicamentos, com Emmanuel apreendido com US$ 266 mil e Jonathan foragido.
Daniel Garbellini: diretor da Andis, afastado e apontado como elo com os empresários.
O caso surge em meio às eleições provinciais em Buenos Aires e às legislativas nacionais, podendo enfraquecer o discurso anticorrupção de Milei e desgastar seu governo. Há discussões no Parlamento sobre a abertura de uma CPI para investigar o caso.
Javier Milei ainda não comentou diretamente sobre as acusações, mas apareceu publicamente ao lado da irmã.
Porta-vozes e aliados classificam as denúncias como perseguição política.
O governo anunciou intervenção na Andis e auditoria interna.
O caso continua sob investigação, com perícia em celulares e documentos para confirmar a veracidade das denúncias.