A montanhista Aretha Duarte afirmou que Juliana Marins, brasileira que caiu em um desfiladeiro durante trilha na Indonésia, tomou as precauções necessárias ao contratar uma agência de turismo e um guia local, e que a responsabilidade pelo acidente é do profissional que conduzia o grupo. A jovem de Niterói está imobilizada há dias em uma parede rochosa, sem acesso a abrigo, água ou alimentos.
Aretha ressaltou que Juliana agiu com planejamento e buscou segurança ao participar da trilha com orientação profissional. Para a especialista, o erro do guia foi grave: ele teria deixado Juliana sozinha após ela demonstrar cansaço, o que violaria o protocolo básico de segurança em atividades de montanhismo.
“A separação do grupo é inaceitável. Se alguém não consegue seguir, todos devem respeitar o ritmo do mais lento. O guia deve garantir o acompanhamento de todos”, criticou Aretha. A família da vítima afirma que ela foi deixada sozinha por cerca de uma hora antes de cair.
A montanhista também questionou a lentidão no resgate, já em seu quarto dia de operação, destacando que o tempo é determinante para a sobrevivência da jovem. “Se o resgate imediato não é possível, é essencial acionar autoridades e redes de apoio o quanto antes”, alertou.
Juliana está presa a uma parede rochosa e foi localizada por drones, mas a neblina e o terreno dificultam a ação dos socorristas. A família segue cobrando agilidade das autoridades locais e da embaixada brasileira. A irmã da vítima denunciou que a versão inicial do guia sobre o acidente não corresponde à realidade.
Aretha, que já atingiu o cume do Monte Kilimanjaro e participou de expedições ao Everest, destacou a importância de resgatar Juliana com vida e elogiou a coragem da jovem. “Ela representa liberdade e independência. Seu resgate é um símbolo para todas as mulheres que sonham com o mundo.”