A ideia de viver até 150 anos ou alcançar a imortalidade ainda não é cientificamente possível. Médicos especialistas afirmam que, com os conhecimentos atuais, não há evidências de que seja viável atingir essa idade.
Leonardo Oliva, geriatra e presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, afirma que não existe base científica para prometer 150 anos de vida. “O mais provável é que mais pessoas alcancem idades avançadas, mas dificilmente superaremos o limite máximo já conhecido”, disse.
Para Milton Crenitte, médico geriatra e diretor técnico do Centro Internacional de Longevidade Brasil, fatores como danos celulares, mutações, alterações cromossômicas e do sistema imunológico e neurológico estabelecem uma marca biológica que limita a longevidade. Segundo ele, apenas uma ruptura tecnológica significativa poderia permitir idades tão elevadas.
A biotecnologia surge como ferramenta importante para melhorar a saúde e o tratamento de doenças associadas ao envelhecimento. Valquíria Bueno, professora da Unifesp, destaca pesquisas que buscam retardar o envelhecimento celular e gerar células saudáveis, como neurônios e células cardíacas, a partir de células-tronco do próprio indivíduo.
Crenitte acrescenta que avanços tecnológicos têm sido essenciais no combate a câncer, Alzheimer e outras doenças crônicas, que influenciam diretamente a qualidade de vida e a longevidade.
Mais do que prolongar a vida, especialistas defendem priorizar um envelhecimento saudável. Pesquisas com centenários e supercentenários apontam fatores determinantes, como:
Genética
Hábitos de vida, incluindo alimentação equilibrada, exercícios físicos e socialização
Condições ambientais e acesso a saneamento básico
A desigualdade global, doenças e mudanças climáticas podem impactar a expectativa de vida, alertam os especialistas.
Entre as recomendações para aumentar a longevidade de forma saudável estão:
Praticar exercícios físicos regularmente
Manter uma alimentação balanceada
Dormir bem
Evitar álcool em excesso e não fumar
Cuidar da saúde mental e prevenir doenças crônicas
Oliva reforça que o objetivo deve ser alcançar mais anos de vida com qualidade e funcionalidade, livres de doenças e incapacidades, mais do que simplesmente viver mais.