Mato Grosso registrou uma expressiva redução nos crimes contra a vida no primeiro semestre de 2025, segundo dados da série histórica semestral da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp). O levantamento, realizado pela Superintendência do Observatório de Segurança Pública, aponta quedas significativas nos Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI), como homicídios dolosos, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte.
Na comparação com o mesmo período de 2015, os homicídios dolosos caíram 41%, passando de 557 para 327 casos. Já em relação ao primeiro semestre de 2019, a redução foi de cerca de 17%, com a queda de 393 para 327 ocorrências.
Os latrocínios tiveram uma redução ainda mais acentuada: foram 24 casos registrados nos seis primeiros meses de 2015 e apenas cinco em 2025 — queda de 79%. Em relação a 2019, a queda foi de 83%, com 29 registros há seis anos.
A lesão corporal seguida de morte apresentou o maior percentual de redução: 87% em relação a 2015, caindo de 15 para dois casos. Em comparação com 2019, o recuo foi de 60%, com sete registros naquele ano.
O secretário de Estado de Segurança Pública, coronel César Roveri, atribui os resultados aos investimentos realizados na área e à atuação integrada das forças policiais, especialmente no combate às facções criminosas, dentro da política de Tolerância Zero.
“Mesmo diante de um cenário nacional marcado pela violência ligada ao crime organizado, Mato Grosso apresenta reduções expressivas nos índices de crimes letais. Isso é fruto de ações ostensivas da Polícia Militar e investigações qualificadas da Polícia Civil, amparadas pelos investimentos promovidos pelo governo Mauro Mendes”, afirmou Roveri.
A delegada-geral da Polícia Civil, Daniela Maidel, também destacou o papel da corporação nas estatísticas positivas. Segundo ela, a redução é resultado de um trabalho técnico e contínuo de repressão qualificada ao crime organizado.
“A atuação da Polícia Civil tem sido fundamental para o desmonte de facções e para a promoção da segurança pública. É uma conquista coletiva, que reforça nosso compromisso com uma sociedade mais segura e justa”, disse Maidel.