O estudante de medicina Marco Aurélio Cardenas Acosta, de 22 anos, foi morto por um tiro à queima-roupa disparado pelo policial Guilherme Augusto Macedo, após dar um tapa no retrovisor de uma viatura na Vila Mariana, Zona Sul de São Paulo, em outubro de 2024. Ele foi levado ao Hospital Ipiranga, mas a unidade estava com emergência fechada por superlotação e tomógrafo inoperante, equipamento essencial para localizar o projétil que atingiu o jovem.

Imagens de câmeras corporais dos PMs mostram os bombeiros comentando sobre a falta de estrutura e um deles dizendo: “Tem que sofrer mesmo”, enquanto outro ri. Além disso, Marco Aurélio sofreu duas paradas cardiorrespiratórias antes de ser submetido à cirurgia e acabou morrendo. O pai do estudante criticou a escolha do hospital, afirmando que havia unidades mais próximas com melhores condições.

Os policiais envolvidos apresentaram três versões diferentes do ocorrido. Nas imagens, o disparo ocorre quase imediatamente, sem tentativa de contenção menos letal, contradizendo os relatos dos agentes. O advogado da família solicitou novamente a prisão preventiva dos policiais.

A Secretaria de Segurança Pública de SP afirmou que o atendimento seguiu protocolos de emergência, com o jovem sendo levado ao hospital após contato com o médico regulador do Copom, que acompanha a disponibilidade de leitos e equipamentos em tempo real. O policial indiciado permanece afastado das funções operacionais enquanto o processo judicial segue.