“A Itália nos escolheu. Não vamos trair [o país], como nunca o fizemos.” Assim teve início o pronunciamento de Giorgia Meloni após ser eleita primeira-ministra italiana. O posto nunca havia sido ocupado por uma mulher. Meloni é filiada a um partido de extrema direita, que tem suas raízes no fascismo. A nova configuração política do país também institui a ascensão de um governo mais conservador – o que não ocorre desde Benito Mussolini, antes da Segunda Guerra Mundial.
Embora a apuração não tenha sido totalmente concluída, o partido Irmãos da Itália tem vitória assegurada, com 26% dos votos. A coligação é formada por A Liga, de Matteo Salvini, que recebeu 9%, e Forza Itália, de Silvio Berlusconi, com 8%. Dessa forma, a extrema direita alcança 44%, e o bloco de esquerda fica com 29%. Os números ainda não são oficiais, mas os adversários já confirmaram a derrota. A coalizão liderada por Meloni fica, assim, com a maioria nas duas Casas do congresso italiano.
“Se formos chamados a governar esta nação, faremos isso por todos, faremos por todos os italianos e faremos com o objetivo de unir o povo”, afirmou Meloni na sede do partido, em Roma.
Giorgia Meloni celebra a vitória na Itália, que a coloca como nova primeira-ministraRiccardo De Luca/Anadolu Agency via Getty Images
Meloni se elegeu com uma coalizão de partidos de direitaInstagram/Reprodução