Uma estudante moradora de Ceilândia, no Distrito Federal, faleceu com suspeita de lesão pulmonar associada ao uso de cigarro eletrônico, conhecida como EVALI (sigla em inglês para e-cigarette or vaping use-associated lung injury). A família só descobriu o uso do vape durante o tratamento médico, após agravamento do quadro que resultou na perda do pulmão esquerdo da jovem.
A adolescente apresentava tosse persistente por cerca de quatro meses e passou por diversos hospitais, inicialmente com diagnóstico de pneumonia comunitária e influenza A. Foi tratada com antibióticos, corticosteroides e fisioterapia, mas seu quadro piorou, levando à internação em unidades de terapia intensiva (UTIs) e, por fim, à morte após uma parada cardíaca durante transferência hospitalar.
Especialistas explicam que o vape contém substâncias químicas, incluindo vitamina E, que podem provocar inflamação e fibrose nos alvéolos pulmonares, comprometendo a respiração. A EVALI é uma doença recente, com diagnóstico difícil, muitas vezes confundida com outras infecções respiratórias.
A Secretaria de Saúde do DF não comentou o caso devido a sigilo médico, e a Polícia Civil ainda não abriu investigação. A investigação só será aberta caso a família autorize.
O uso e venda de cigarros eletrônicos são proibidos no Brasil devido aos riscos à saúde.
A família declarou estar em “luto eterno”.