Uma faxineira de 32 anos, natural da Guatemala, foi morta a tiros na manhã de 5 de novembro ao tentar abrir a porta de uma casa em Whitestown, subúrbio de Indianápolis (EUA), acreditando ser o endereço onde deveria trabalhar. A polícia encontrou Rudy Ríos Pérez sem vida nos braços do marido, Mauricio Velázquez, na varanda da residência.
As autoridades confirmaram que o casal não chegou a entrar na casa e informaram que o caso foi encaminhado à promotoria do condado de Boone para decidir se haverá acusações contra o morador que atirou. O nome do autor do disparo não foi divulgado. Segundo a polícia, a investigação é “complexa e delicada”, e a divulgação de detalhes poderia ser “potencialmente perigosa”.
Velázquez declarou à emissora CBS News que a esposa, mãe de quatro filhos, foi atingida por um disparo que atravessou a porta. “Deveria ter chamado a polícia primeiro, em vez de atirar assim, sem motivo algum”, lamentou. O irmão da vítima explicou ao New York Times que o casal havia recebido o endereço errado e tentou abrir a porta com as chaves fornecidas pelos clientes antes de ser surpreendido pelo tiro.
O governo da Guatemala afirmou estar acompanhando o caso e oferecendo assistência consular e jurídica à família. Em nota, o Ministério das Relações Exteriores destacou que Ríos Pérez “faleceu em um ato violento quando se preparava para cumprir suas tarefas”.
Casos semelhantes têm ocorrido em diferentes estados norte-americanos. Em 2023, Ralph Yarl, de 16 anos, foi baleado ao tocar a campainha da casa errada no Missouri, e Kaylin Gillis, de 20, morreu após entrar por engano no estacionamento de uma residência em Nova York. Ambos os episódios também foram relacionados às leis estaduais de legítima defesa, semelhantes à que agora será analisada no caso de Whitestown.