Em Campo Verde, região sudeste de Mato Grosso, a Fazenda Nossa Senhora Aparecida está colhendo o algodão da safra 2023/24 em meio a desafios climáticos. Com 700 hectares destinados à cultura, a fazenda enfrenta um ano difícil devido à seca no plantio e chuvas excessivas no período reprodutivo, como explica o técnico agrícola Zander Passoni. Apesar das dificuldades, a expectativa é de manter uma boa média de produção, mesmo que abaixo do esperado.
Além da produção, a fazenda se destaca pelo compromisso com a sustentabilidade. Há quase 20 anos, a propriedade trabalha para se adequar às normas trabalhistas e de segurança, conquistando o selo ABR – Algodão Brasileiro Responsável. Esse certificado, concedido pela Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), garante que o algodão produzido é fruto de práticas responsáveis e sustentáveis.
A certificação exige que a fazenda esteja em conformidade com 85% a 90% das exigências do protocolo, passando por auditorias anuais. Michele Link Botan, parte da equipe de gestão da fazenda, explica que são avaliados desde a documentação dos colaboradores até o manejo sustentável do solo e as condições dos alojamentos.
Na algodoeira, a segurança no trabalho é prioridade, com sinalizações claras e uso obrigatório de equipamentos de proteção individual. Tudo isso reflete o compromisso da fazenda com a sustentabilidade e a responsabilidade social, atendendo à crescente demanda dos consumidores por produtos de origem transparente e confiável.
"Cada vez mais, o consumidor quer saber de onde vem o produto que compra. Nosso trabalho não só atende a essa demanda, como também fortalece a visão positiva do setor algodoeiro no Brasil e no mundo", ressalta Michele.