A presença de usuários de drogas nas ruas da Cracolândia, no Centro de São Paulo, diminuiu visivelmente nos últimos dias, segundo registros feitos nesta terça-feira (13). Trechos que costumavam concentrar centenas de pessoas, como as ruas dos Gusmões, Andradas, Aurora, Santa Ifigênia, General Osório e Vitória, estavam vazios, contrastando com a situação vista até o início do ano.

Apesar da mudança, a Prefeitura de São Paulo não informou para onde foram os usuários. Durante a madrugada, pequenos grupos foram vistos nas ruas Helvétia e Alameda Glete, próximos ao Terminal Princesa Isabel, mas sem a configuração conhecida como “fluxo”. No Bom Retiro, outro ponto com presença frequente de dependentes químicos, a movimentação era mínima.

A gestão municipal, que passou a chamar a Cracolândia de “cena aberta de uso”, afirma que atua com ações integradas de saúde, assistência social, trabalho, zeladoria e segurança. De acordo com a prefeitura, entre janeiro e março deste ano, foram feitas mais de 29 mil abordagens e cerca de 7.500 encaminhamentos a serviços públicos.

Apesar das operações, o destino dos usuários que antes estavam concentrados na região central segue indefinido. O problema, considerado crônico em São Paulo, envolve uma complexa rede de desafios sociais, de saúde e segurança, e permanece sem solução definitiva após anos de tentativas frustradas de intervenção.