Nos Estados Unidos, partidas amadoras de pôquer atraíam jogadores com a promessa de prêmios milionários, mas eram alvo de um sofisticado esquema de fraude. Criminosos usavam câmeras escondidas, óculos que revelavam marcas nas cartas e até aparelhos de raio-x para enxergar cartas viradas dos adversários.
Entre os envolvidos estavam o jogador Terry Rozier, do Miami Heat, e o técnico Chauncey Billups, do Portland Trail Blazers, além de integrantes da máfia italiana, a “Cosa Nostra”, incluindo as famílias Bonanno, Gambino, Genovese e Lucchese. Segundo o diretor do FBI, Kash Patel, eles não agiram sozinhos.
Um ex-integrante da Cosa Nostra, Louis Ferrante, explicou que a máfia se infiltra em esportes há mais de cem anos, usando atletas para garantir que resultados coincidam com apostas, recorrendo a especialistas em tecnologia para aplicar golpes sofisticados.
No Brasil, torneios de pôquer têm alta segurança. O jogador Rafael Moraes afirma que apenas algumas pessoas têm acesso aos baralhos e fichas, e câmeras monitoram todas as mesas, garantindo a credibilidade das competições.
Casos recentes de fraudes em apostas no futebol brasileiro, em 2023, mostraram esquema semelhante, com jogadores suspensos e banidos. No caso de Rozier, ele teria simulado uma lesão para favorecer apostas milionárias. Rozier e Billups foram liberados após pagamento de fiança, mas ainda respondem às acusações.
Enquanto isso, o brasileiro Tiago Splitter estreou como técnico no Portland Trail Blazers, tornando-se o primeiro brasileiro a comandar um time da NBA.