O presidente Nicolás Maduro afirmou que a Venezuela entraria em “luta armada” caso fosse atacada pelos Estados Unidos, após a movimentação de uma frota de guerra americana para próximo da costa do país. Segundo ele, o contingente inclui sete navios de guerra, um submarino de ataque e cerca de 1.200 mísseis.
A Casa Branca não confirmou nem negou uma possível intervenção, mas disse que a operação faz parte do reforço contra o narcotráfico, tratado agora como terrorismo. Desde o início do governo Trump, Washington acusa Maduro de liderar o “Cartel de los Soles”, acusação contestada por analistas.
Especialistas, no entanto, veem a composição da frota como sinal de preparo ofensivo. “Esse não é um equipamento para combater cartéis. É claramente de ataque e invasão”, avaliou o cientista político Carlos Gustavo Poggio, professor no Berea College, nos EUA.
Entre as embarcações destacadas estão três destróieres da classe Arleigh Burke (USS Gravely, USS Jason Dunham e USS Sampson), equipados com sistema Aegis e mísseis Tomahawk; o cruzador USS Lake Erie, da classe Ticonderoga, com capacidade antimíssil; além dos navios-doca USS San Antonio e USS Fort Lauderdale, voltados a desembarque de tropas e veículos.
Também compõem a frota o navio de assalto anfíbio USS Iwo Jima, apto a operar caças F-35B e helicópteros, e o submarino USS Newport News, da classe Los Angeles, armado com torpedos Mk 48 e mísseis de cruzeiro.
Com a escalada, o governo Maduro mobilizou discurso nacionalista e alertou que a Venezuela “defenderá seu território, sua história e seu povo”, enquanto a presença militar americana reforça a tensão regional no Caribe.